Abraão nasceu na cidade de Ur dos caldeus (Mesopotamia, atual Iraque), filho de Tera, na décima geração da descendência de Sem, filho de Noé.
Viveu em torno do ano 1800 AC tendo migrado juntamente com sua família e rebanhos para Canaan, a terra prometida, mais precisamente para a cidade de Siquém.
Apesar de viver numa época em que as pessoas acreditavam em muitos deuses, Abrão acreditava na existência de um só e supremo Deus. Aos setenta e cinco anos, Abrão teve uma visão de Deus que lhe ordenou se
separar dos parentes e segui-lo.
Abrão obedeceu e começou sua jornada de fé. Pela fé Abrão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia (Hebreus 11:8).
Assim partiu Abrão como o Senhor lhe tinha dito, e foi Ló com ele; e era Abrão da idade de setenta e cinco anos quando saiu de Harã (Gênesis 12:4).
Ele não tinha filhos porque sua mulher, Sara, era estéril. Sara era 10 anos mais nova que Abrão, tinha portanto 65 anos quando Deus lhe prometeu um filho.
Apesar da idade avançada do casal, eles acreditaram nas promessas de Deus e obedeceram.
Durante 10 anos eles esperaram pela promessa de um filho. Depois desse tempo, desanimada, Sara convenceu Abrão de que não seria com ela que ele teria o filho, por isso, deu a ele sua escrava egipcia para que ele tivesse com ela o filho prometido. Abrão tinha 86 anos quando Ismael seu filho com a escrava nasceu.
Quando Abrão completou 99 anos Deus lhe apareceu de novo e fez com ele e sua descendencia, uma aliança perpétua, instituindo a circuncisão. Nesta mesma ocasião Deus lhe prometeu um filho de Sara. Abrão não acreditou e pediu bençãos para Ismael, seu filho com a escrava. O Senhor prometeu abençoar esse filho, mas afirmou que a aliança d'Ele seria com o filho que Sara lhe daria. Neste encontro Deus trocou o nome de Abrão para Abraão (Genesis 17:15-21).
Um ano depois, Sara, aos noventa anos deu a luz um filho e lhe pôs o nome de Isaque. Sara morreu aos 127 anos.
Depois que Sara morreu, Abraão desposou outra mulher, Quetura, que lhe deu mais 5 filhos: Zinrã, Jocsã, Medã, Midiã, Jisbaque e Suá.
Segundo Flavio Josefo (historiador judeu que viveu entre 37 e 103 d.C.) esses filhos de Abraão ocuparam a Trogodita e toda aquela parte da Arábia ate o mar Vermelho.
Abraão viveu cento e setenta e cinco anos, e morreu em ditosa velhice.
Certa vez Deus mandou que Abraão oferecesse em holocausto, seu filho Isaque. Era Isaque da idade de 25 anos, filho amado e único, ja que havia mandado para longe seu outro filho Ismael.
Abraão não exitou nem por um momento, porque "aquele que recebera as promessas, sim, porque lhe foi dito: Em Isaque será chamada a tua descendência, considerou que Deus era poderoso para até dentre os mortos o ressuscitar (Hebreus 11:17-18).
Sara e Isaque de nada ficaram sabendo, porque Abraão tinha medo de que tentassem persuadi-lo de desobedecer a Deus. Quando tudo estava preparado para o sacrificio, Abraão contou tudo para Isaque que concordou com tudo, colocando-se ele mesmo no altar para ser sacrificado.
Abraão estava prestes a sacrificar seu filho, "mas o anjo do Senhor lhe bradou dos céus, e disse: Abraão, Abraão! E ele disse: Eis-me aqui". Então o anjo disse: Não estendas a tua mão sobre o moço, e não lhe faças nada, porquanto agora sei que temes a Deus, pois não me negaste o teu filho, o teu único filho.
Então levantou Abraão os seus olhos e viu um carneiro detrás dele, travado pelos seus chifres, num mato. Abraão tomou o carneiro e ofereceu-o em holocausto, em lugar de seu filho.
E chamou Abraão o nome daquele lugar: "O Senhor Provera"; donde se diz até ao dia de hoje: No monte do Senhor se proverá. Então o anjo do Senhor bradou a Abraão pela segunda vez desde os céus. E disse: Por mim mesmo jurei, diz o Senhor: Porquanto fizeste esta ação, e não me negaste o teu filho, o teu único filho, que deveras te abençoarei, e grandissimamente multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus e como a areia que está na praia do mar; e a tua descendência possuirá a porta dos seus inimigos. E "em tua descendência serão benditas todas as nações da terra", porquanto obedeceste à minha voz" (Gênesis 22:11-18).
Este fato foi usado para testar a fé de Abraão, mas serviu tambem para mostrar as futuras gerações que Deus não tolera sacrificios humanos, como era comum entre os povos vizinhos e que Ele provê todas as coisas para seu povo.
Este episódio mostra de que maneira Deus proveria a salvação de nossas almas com o sacrifício de seu Filho (Jesus).
E cumpriu-se a escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus (Tiago 2:23).