Quando  fala-se de leitura num contexto cristão, deve-se sempre levar em conta  dois aspectos: um positivo e outro negativo. Livros esboçam ideias, e  estas podem ser nocivas ou não. Um livro pode mudar a vida de uma  pessoa, logo ao escolher um livro para se ler, é preciso saber a  autoria, a editora, o assunto abordado e avaliar sempre se o mesmo será  útil, pois com o pouco tempo que temos para ler, é importante ser  seletivo. 
Na história da igreja vemos um uso tradicional de epístolas  como meio de comunicação, claro, a igreja surgiu num momento da história  em que a tecnologia mais avançada de armazenamento de informação era o  pergaminho, mais resistente que o papiro. A escrita foi e é largamente  utilizada por teólogos desde que existe igreja. Hoje são utilizadas  mídias como TV, rádio, DVD, CD, além da pregação falada nos cultos, mas  os livros não deixaram de ser largamente utilizados para esboçar e  registrar ideias.
Algumas  das maiores heresias da história foram propagadas pela tradição oral no  contexto da igreja. Mas também por meio do envio de epístolas  apócrifas. Logo vê-se que o conhecimento acerca das doutrinas através da  leitura das epístolas verdadeiramente inspiradas foi fundamental para  que a igreja primitiva se conservasse pura doutrinariamente, do  contrário o cristianismo não teria resistido às muitas heresias e  correntes de pensamentos que emanavam da cultura grega daquela época. A  tradição oral é elevada ao mesmo patamar da Escritura em algumas  denominações e em outras, mesmo teoricamente defendendo-se a supremacia  das Escrituras, a tradição oral é mais propagada.  Sobram então focos de  um protestantismo que põe a Escritura no lugar onde ela deve estar,  acima de todas as tradições, teorias e opiniões humanas. 
Vemos então a  grande importância que há para a vida cristã na leitura, sem ela as  igrejas não passam de clubes vazios de sentido. Tanto a leitura da  Bíblia Sagrada como de literatura cristã, tanto quanto literatura  secular, desde que seja boa são bem vindas neste processo de edificação  que faz com que a igreja exerça seu papel de difundir este Evangelho tão  cheio de profundas verdades, questão difíceis e uma filosofia  apaixonante. 
Quem se diz cristão e não valoriza a leitura tanto da  Bíblia como de literaturas auxiliares ainda não entendeu  muita coisa do  que é ser cristão, pois os desafios são muitos, não só para os  ministros da Palavra, mas para todos que se julgam salvos.
A leitura realmente apaixona, faz-nos melhores, edifica-nos. Paulo solicita a Timóteo de dentro da prisão: “Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, e os livros, principalmente os pergaminhos”  (2 Tm 4.13). Mesmo encarcerado, Paulo sabia que a leitura lhe daria  maior capacidade pra defender o Evangelho mesmo numa cadeia. Para ele a “palavra de Deus não está presa.”  (2 Tm 2.9). 
Como defender o Evangelho sem conhecê-lo? Um médico precisa  conhecer uma relação enorme de doenças para dar um diagnóstico  confiável e um advogado precisa conhecer as leis, logo um defensor do  Evangelho deve conhecer o evangelho que prega, doutra forma virão as  heresias, os modismos, as contradições tão nocivas ao cristianismo  hodierno. Ler é aprender e esse é o grande desafio dos nossos dias:  falar de Cristo conhecendo a Cristo, pois : “Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus;”  (Mt 22.29). 
Outro ponto importante, como acabei de ler, é que é  conhecendo a Escritura que conheceremos o poder de Deus. Deus se  manifesta poderosamente em meio a crentes que se esforçam em conhecer a  Palavra do Senhor e esse conhecimento nos dá vigor para buscar o  avivamento de Deus em nossas vidas (Hb 3.2).
Concluindo,  a leitura é importantíssima e certamente Deus abençoará àqueles que  forem amantes de boas leituras, principalmente da Palavra do Senhor!
Em Cristo,
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